domingo, 2 de fevereiro de 2014

Eu vivo numa ditadura

Vives numa ditadura,
onde te tiram a alma pura.
Porque quanto mais a dívida,
mais a vida é dura.

Eu vivo numa ditadura. Uma ditadura sádica pois tal como Marquês de Sade, ela procura a felicidade através da exaltação da força e da satisfação de prazeres violentos. ´
Mas não é fascista. Muito menos "comunista". Ela é "democrática". Ela é a favor da liberdade de todos. Ela é a favor do dinheiro e da exploração do trabalhador. Ela é a ditadura financeira. 
É o sistema perfeito para o rico em dinheiro. Ela obriga-te a pagar para sobreviveres. Obriga-te a pagar a água que bebes. A pagar o abrigo que te protege. A pagar o teu desenvolvimento intelectual. Ela esconde-se através da "segurança nacional", do "anti-terrorismo", da "liberdade de expressão" (imagine-se!). Ela é hipócrita. Ela manipula. Manipula o teu objetivo de vida, o teu sonho, a tua vontade, a tua noção de felicidade, as tuas relações sociais, a tua visão do outro, torna a tua empatia nula! Tudo em nome da liberdade. Qual liberdade?
A hábil manipulação da opinião dos mais fracos em nome da sua liberdade de decisão. A manipulação das vontades do consumidor em nome da liberdade comercial. A destruição dos valores de solidariedade em nome da divisão de trabalhos. A destruição do amor e da partilha de emoções em nome do estatuto social. A destruição total e a deturpação de todos os sentidos do trabalho e do crescimento humano em nome do salário.
Se isto é viver num mundo livre, onde todas as minhas vontades, os meus gostos, as minhas ideias, as minhas amizades, os meus interesses estão sujeitos a um constante teste da sua unicidade, verdade para provar que são produto do meu pensamento crítico e da minha auto-consciência, então que façamos uma revolução, para matar a fome de vida a este povo.

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